“O ‘Link na Bio’ e a Exclusão Digital da Geração Experiente”

Imagem de um adulto olhando para um smartphone e frustrado com as redes sociais como o instagram

Lembra dos tempos em que a internet se assemelhava a uma locadora de fitas VHS, com sites organizados como prateleiras, onde a informação era facilmente acessada digitando um endereço?

Pois é, parece que alguém trocou a locadora por um labirinto, onde a única placa indicativa é um tal de “Link na bio“. Para nós, da geração que viu o ET telefonar para casa e o Marty McFly viajar no tempo, essa placa mais parece um daqueles jogos de tabuleiro com regras complicadas.

“Link na Bio”? Que história é essa?

Calma, navegante da web. “Bio” é a abreviação de “biografia”, aquele espaço pequeno nas redes sociais onde as empresas tentam se apresentar. O tal “link na bio” é a única forma que elas têm de colocar um link clicável ali. O problema? Só cabe um. E ele muda com frequência.

Mas o que chama a atenção é como a indústria adora levantar a bandeira da inclusão, para isso ressuscitam até os nossos ídolos da juventude. Filmes e séries da década de 80 que marcaram nossa época ganham novas versões. Nostalgia vende, a gente entende. Mas enquanto investem nisso, esquecem de algo importante: facilitar nosso acesso ao mundo digital. E caso apareça uma legião de adolescentes criticando este artigo, relaxe: você não será taxado de “cringe” por aqui (a gíria deles para o que consideram ultrapassado ou que causa vergonha alheia). Convenhamos, o verdadeiro “cringe” é bancar o saudosista de walkman sem nunca ter rebobinado uma fita com lápis, só para ganhar umas curtidas.

Imagine: você precisa do telefone de uma loja que viu no Instagram, e lá está ele, o “link na bio”. Você clica e… se sente como em um daqueles jogos de labirinto, cheio de caminhos sem saída. Em vez de chegar direto à informação, você encontra uma série de outros links. É como procurar uma agulha num palheiro digital.

Gif animado do Sr Miyagi triste e abaixando a cabeça.
eu só queria o telefone! 😢 pelo amor de deus!

Sites: A Informação Organizada Ainda Funciona Muito Bem:

Enquanto as redes sociais são ótimas para manter contato com amigos e ver fotos, os sites são como enciclopédias: confiáveis e cheios de informações organizadas. Lá você encontra tudo: endereço, telefone, horário de funcionamento, catálogo… Tudo fácil de achar, sem complicação.

Mas, enquanto os sites continuam sendo nossa bússola digital, não podemos ignorar o potencial de plataformas como o Facebook, que, apesar de ter sido abandonado pelos mais jovens, ainda mantém um papel crucial na vida de outras gerações. Por isso, enquanto o Facebook ainda existir, façam o mínimo de esforço para manter a fanpage da sua empresa atualizada!

Muitas pessoas, especialmente no Brasil, continuam utilizando essa rede social, pois a consideram mais intuitiva e menos confusa do que o Instagram ou TikTok quando o objetivo é localizar informações. Além disso, o Facebook ainda é uma referência importante para opiniões sobre produtos e serviços, já que permite visualizar quais amigos da sua lista interagiram ou curtiram uma determinada marca.

Em vez de tentar forçar as “modinhas” digitais nos seus clientes, que tal, desta vez, buscar entender o que realmente interessa ao seu público-alvo?

Gostamos do que é familiar, gostamos de saber para onde estamos indo. A inovação é legal, mas quando se trata de encontrar uma informação direta, o padrão é ainda melhor. Não queremos encontrar um caminho completamente diferente toda vez que acessamos um mesmo endereço. Isso não é inovação, é frustrante.

Entendemos que há uma evolução de aplicativos e plataformas digitais focadas em dispositivos móveis, como os smartphones, e que devido à falta de espaço na tela, muitas informações são suprimidas, dando foco a fotos e vídeos. Mas, quando se trata de encontrar uma informação, não queremos ter que clicar três, quatro ou cinco vezes para chegar a um número de telefone porque a interface não ajuda. Devido à falta de espaço e à desorganização, cada clique é uma surpresa: você nunca sabe se será redirecionado para um site, WhatsApp, YouTube ou outro aplicativo. A ausência de padrões complica ainda mais.

Nossa Geração: Conectada e com Poder de Escolha:

As empresas precisam entender que nós, que vivemos os anos 60, 70 e 80, estamos muito presentes e ativos. Temos experiência, conhecimento e poder de compra. Descartar nossa geração, assim como descartam cada nova onda de tecnologia superficial surfada apenas pelo público mais jovem, é um erro estratégico. Representamos um público fiel e com grande potencial de consumo, e merecemos ser levados em consideração.

Um Apelo: Sites Simples e Acessíveis, Por Favor!

Empresas, nós queremos saber quais produtos e serviços vocês oferecem, qual o endereço e telefone de contato. Não estamos atrás de perfis profissionais que só usam as plataformas digitais para satisfazer seu narcisismo. Queremos sites completos, fáceis de usar e com informações claras. Queremos ter a sensação de familiaridade e segurança ao buscar informações online e pisar com confiança, mesmo em um mundo virtual.

A descoberta de inovações pode ser divertida, mas nem tudo se trata de diversão. Algumas inovações deixam os usuários transtornados. Por exemplo, ninguém quer abrir um armário dentro de outro armário para encontrar algo que deveria estar sempre no mesmo lugar. Isso vale para informações online também.

Considerações Finais:

Se você chegou até aqui, parabéns! Você está contribuindo para uma internet mais acessível. Compartilhe este artigo com seus amigos, familiares e empresas que precisam entender isso. Juntos, podemos construir uma internet mais inclusiva para todas as gerações.

E para espalhar essa ideia ainda mais, use as hashtags #fanpageatualizada, #voltasiteporfavor e #VoltaAoBásicoDigital nas redes sociais. Vamos inspirar as empresas a oferecerem uma experiência digital mais simples e acessível!

E agora, queremos ouvir você! Se você se identifica com as questões abordadas neste artigo, ou tem alguma experiência ou reflexão para compartilhar sobre a inclusão digital das gerações mais experientes, deixe seu comentário abaixo. Sua voz é importante!

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